Queira vender-me a sua lucidez , s.f.f.!

Ilustração: André Boligan

Com este título, escreve o meu amigo Paulo de Carvalho:

“Nuno Severiano Teixeira, na Antena 1,
sobre o facto de à direita haver, agora,
mais dois partidos bem distintos do CDS:
“O CDS tem de perceber que há mais dois
na disputa do mercado eleitoral.”
Portanto, a ver se percebi bem…
Os políticos são empresários,
os partidos, empresas,
os cidadãos, oportunidades financeiras.
Competitividade, em lugar de representatividade.
Nada de debate de ideias sobre a melhor forma
de conduzir um país, apenas um produto atractivo,
capaz de converter o eleitor em consumidor.
Convenhamos que é um passo adiante
àquele que já há muito se deu,
quando em campanhas eleitorais
se quer fisgar a ignorância do cidadão
de preferência à sua competência crítica.
É de aplaudir o inovador!
Burros, com antolhos, que comam a palha
que o mais esperto lhes ponha à frente,
assim nos querem certos políticos.
Escrevi lucidez no título. É condição de, a lucidez.
Deveria ter escrito liberdade.
Pois é a liberdade que nos querem comprar,
quando o pensamento político se converte
em linguajar de empreendedor…””

Agora digo eu:

Ilustração: Gerhard Haderer

É exactamente este o deplorável “estado da arte” política que o Paulo descreve. Só falta, mesmo, apropriarem-se da nossa lucidez, alienarem a nossa liberdade. Parecem preferir súbditos de mente aprisionada, treinados para a obediência, a cidadãos livres e actuantes. Querem-nos medíocres e desprovidos de imaginação, para assim criarem uma vasta área de mercado onde possam babar-se (sem receio de virem a ser penalizados) da sua própria mediocridade.

Quero crer que os meios de comunicação social – com os diferentes canais de televisão à cabeça – têm grande responsabilidade neste estado de coisas: bombardeiam-nos com quase-notícias e não-notícias, com a repetição indecorosa de imagens até à náusea, com directos imprevistos de tudo quanto seja pontapé na bola, com rodapés salpicados de frivolidade, com enlatados de gosto duvidoso, com debates agressivos onde se interrompe de forma sistemática o oponente (o que transforma qualquer debate de ideias num improvável circo romano), com factos banais transformados em “acontecimentos históricos”. A competição entre canais privilegia a divulgação do escândalo. Quanto mais escândalo, mais sucesso comercial. Parece haver de tudo, nesta sementeira do mal. Mas falta qualquer coisa, para a qual o texto do Paulo exemplarmente remete: uma verdadeira ética dos cuidados.

Contra este insulto à inteligência, recordo alguns avisos já divulgados em livro. Um, mais antigo, de 1995, é de Karl Popper e John Condry e chama-se “Televisão: um perigo para a democracia”. Diz Popper: “a democracia não pode subsistir de uma forma duradoura enquanto o poder da televisão não for totalmente esclarecido”. Resta saber se quem detém o poder não deixa degradar de forma deliberada a qualidade da televisão, para melhor a controlar. O outro livro é de Pierre Bourdieu, “Sobre a Televisão”, e nele se pode ler que a televisão “faz correr um perigo muito grande às diferentes esferas da produção cultural” e “faz correr um não menor risco à vida política e à democracia”. Estou em crer que se estes textos-tese fossem lidos e seguidos como merecem, talvez desse húmus cultural pudessem brotar as raízes de um futuro mais inteligente, mais humano e solidário.

Infelizmente, e descontando o teórico da “sociedade aberta”, o liberal Popper, citar alguns textos avisados de Bourdieu, nos tempos que correm, significa correr o sério risco de virmos a ser acusados de “marxismo cultural” pelos cultores da dialéctica rasteira do pró e do contra, que seguramente nunca leram “O Poder Simbólico” e pouco ou nada sabem da teoria do campo de forças na sociologia e dos agentes (refiro-me ao poder político, seja ele de esquerda ou de direita) sempre predispostos a dominá-lo em seu proveito. O que pessoas desse calibre secretamente desejam, para entretenimento das massas, é que mil televisões privadas floresçam, em nome do seu muito peculiar conceito de liberdade, de concorrência, de crença inabalável nas virtudes do capital e do deus-mercado. Querem lá saber das preocupações de Popper ou Bourdieu!… Ao triunfo da cultura e dos padrões de decência preferem os picos de audiência nos reality-shows, à potência do acto criativo preferem a evasão e o adormecimento dos espectadores alienados e subsumidos no homem-massa.

Contra este lodaçal, este vale tudo mediático, contra os pugilistas da palavra manietados nas suas certezas de granito, contra esta peixeirada que nos dá o circo em vez da tribuna honrada, apetece arremessar a lúcida frase de Antoni Tàpies, retirada de “A Prática da Arte”, p. 59:

“Não facilitando verdadeiramente a difusão e o ensino da autêntica cultura formativa, e continuando com a ideia hipócrita de que convém dar o que o vulgo pede, nunca se formará, naturalmente, a sensibilidade necessária”.

Caro Paulo: para terminar, e já que este texto gira em torno dos malefícios da televisão, a melhor forma que encontrei para te agradecer tanta (e tão necessária!) lucidez é, para lá do abraço grande de inteira amizade, este “Ensaio sobre o quotidiano”, de Luis Filipe Castro Mendes, inserido em “A Misericórdia dos Mercados“, p. 24:

O quotidiano não cega:
Nós é que estamos distraídos.
Não pensamos, ouvimos falar na televisão
Pessoas que pensam que estão a pensar
E assim ganham a sua vida.
Dói-nos a vida, mas dizem-nos que merecemos,
Porque pensámos em viver do mesmo modo
Que as pessoas que pensam que estão a pensar
E falam na televisão.
Agora as pessoas que pensam que estão a pensar
E ganham a vida na televisão
Dizem-nos que perdemos a nossa
E é bem feito
E ainda devia doer mais!

O quotidiano não cega: nós
É que estamos distraídos.

O Expresso e a utilidade do inútil

Mandar calar O Grito

Primeiro levaram o Nicolau Santos e a economia ficou sem poesia. Importei-me – porque percebo tanto de economia como Jesus Cristo de finanças – mas não disse nada. Assim como os poemas atraem e iluminam outros poemas, a poesia que o Nicolau divulgava era o íman que me atraía para uma ou outra leitura do suplemento do Expresso.

M.A. Pina
Poema inserido por Nicolau Santos no suplemento de Economia

Sem poesia, continuam por lá os evangelistas do mercado, a ruminar o hermetismo dos swaps, a aridez das acções e obrigações, as imparidades. A arengar sobre o fetiche da produtividade, as empresas de rating, o leasing, as golden share, a inflação e a deflacção e sei lá o que mais. Como escreveu Ana Cristina Leonardo numa das suas deliciosas crónicas ou textos de circunstância: fosse o mundo um sítio recomendável, um poeta valeria decerto mais que um alqueire de banqueiros.

Depois, levaram o cinema, que nos era servido na bandeja competente de Manuel S. Fonseca. Crónicas saborosas e recheadas de pormenores que nos escapam, trabalhos de bastidores, curiosidades no relacionamento entre actores e actrizes dentro e fora do plateau, e, não menos importante, a contaminação entre a sétima arte e outras artes de que é subsidiária: a pintura, a música e a fotografia. Voltei a não dizer nada.

Manuel S. Fonseca

Agora levaram a música que nos dava o Jorge Calado. A serva da palavra, no dizer de Monteverdi. Calado dava-nos ópera (uma derivação do teatro, através da música), música clássica, compositores. Foi-se a “tabela periódica” e, segundo li há pouco, também a “desarmonia das esferas”, de João Lisboa. E como se tudo isto (e isto não é tudo!) não bastasse, levaram nessa enxurrada a Ana Cristina Leonardo.

Desta vez quero dizer qualquer coisinha, trocar umas palavras sobre o assunto. A sensação que fica é que isto anda tudo ligado. Para lá da frontalidade que rejeita as meias-tintas, da irreverência e do desassombro que recusa os rodriguinhos e os paninhos quentes, do humor fino que habitualmente derramava nas crónicas do jornal, Ana Cristina Leonardo deu-me algumas preciosas indicações para calcorrear os trilhos sinuosos da literatura. Apenas dois exemplos, de que sou tributário: a descoberta do fascinante Albert Cossery, que me levou à compra de toda a obra (8 livros, mais um de conversas com o autor) após ler Mendigos e Altivos e Mandriões no Vale Fértil; e também a descoberta de um livro imperdível: As Meninas da Numídia, de Mohamed Leftah, uma narrativa sublime do ambiente sórdido dos bordéis e da vida desgraçada das mulheres que os animam e dos homens que os frequentam, prova provada que “os santos nem sempre desdenham de bordéis antes de subir ao altar” (S. Sanchez, Magazine Littéraire).

ACL excerto de crónicaNão sei se a poesia que o Nicolau nos dava é celebração da vida, ou nos envolve em cumplicidade, ou ensina a cair, como dizia Eduardo Prado Coelho; não sei se a música que se desprendia das crónicas do Jorge Calado  é a arte maior, pois, no que se refere às artes em geral, gosto de tudo o que nelas me toca e faz vibrar, como numa harpa eólica; não sei se o cinema, enquanto máquina de fabricar sonhos e dar imagem à palavra e à música, dá o que a vida tira, como pensa Manuel Fonseca; não sei se a literatura que Ana Cristina Leonardo nos oferece está sempre comprometida com a beleza, se nos ajuda a viajar sem sair do lugar, ou até se é capaz de salvar vidas.

Sei que o valor da poesia, da música, do cinema e da literatura não se medem pelo potencial económico que geram, nem devem ser rasuradas com o pretexto de uma remodelação gráfica, pois funcionam como um precioso antídoto contra o utilitarismo estreito, a barbárie do útil e do lucro desmedido. E sei, de fonte segura, que depois destas mudanças no Expresso me invade um sentimento de perda. Se a vida é metanoia – mudança de opinião, de atitude mental – não é menos certo que superar é destruir e conservar. E a identidade de um jornal não se reforça quando se deita fora, com o pretexto da renovação, a herança daqueles que deram o seu melhor para ajudar a construí-la.

É certo que o Expresso continua a dar-nos análise política, música, pintura livros e filmes, à mistura com gastronomia, vinhos, restaurantes, design e moda. Mas tudo aquilo parece navegar, de forma crescente, nas águas chilras do conformismo. Tudo cada vez mais certinho e alinhado no mesmo compasso. Numa palavra: a deslizar, num feixe de opiniões semana a semana mais convergentes, para o institucional (que, aliás, nunca deixou de ser a sua marca de referência). Há agora menos gente a remar contra a maré, a lançar pedradas no charco capazes de acordar os gansos do Capitólio mediático, a criar labaredas de desassossego. Há menos indignação e mais palavrinhas mansas; mais “pássaros empalhados” e menos golpe de asa. Sempre o Quase, do Mário Sá-Carneiro, a martelar-nos os ouvidos.

A grande razia parece ter-se abatido sobre a Revista: também Diogo Ramada Curto e João Mário Silva deixam de marcar presença. É a Revista que (ainda) me leva a comprar o jornal. Ainda por lá fica o Tolentino (cardeal), mas como já se foi o Nicolau, impossível termos o Nicolau Tolentino (o da poesia e das sátiras). E continua o Pedro Mexia. Embora a nossa necessidade de consolo seja impossível de satisfazer, alegremo-nos: o Mexia, felizmente, consegue ser muito mais que o pretérito imperfeito do verbo mexer.

Se, depois desta vassourada, a administração ou a direcção do jornal, numa tarde de pouca veia, nos levar também o Pedro Mexia, aí é garantido: não mexo mais no bolso e poupo 4 Euros todos os sábados. Já faltou mais…

 

Memória de José Tengarrinha (1932-2018): da história da imprensa periódica à morte anunciada do Diário de Notícias

história da imprensa periódica portuguesaAo historiador e professor José Manuel Tengarrinha devo quase tudo o que sei sobre história da imprensa periódica portuguesa: o conhecimento das primeiras folhas noticiosas manuscritas, que aparecem em Portugal durante o domínio filipino (1580-1640) e que apresentam um carácter essencialmente clandestino, por se afirmarem de forma declarada contra os invasores castelhanos); o aparecimento do primeiro jornal português digno desse nome: a Gazeta da Restauração, de 1641, “num tempo em que o grande veículo de propaganda política era a oratória sagrada, que tinha como figura de proa o Padre António Vieira”.[1] No dizer de Sampaio Bruno, pregador era a maneira antiga de ser jornalista, como jornalista é a maneira moderna de ser pregador.[2] O púlpito era o veículo privilegiado de informação da época, onde se proferiam discursos mobilizadores, ora numa perspectiva de revolta (contra Castela) ora de consolidação da mentalidade nacional

A Gazeta garantia e dava voz pública às lutas que viriam a desaguar na restauração da independência nacional. Mantinha vivo “o espírito de portuguesismo e animava-se o povo a redobrar os esforços pela Pátria livre e autónoma”.[3] Convém referir que a nacionalidade não ficou assegurada em 1640, foi-se consolidando entre essa data e 1668. O ambiente era de grande tensão e vigilância. Como não convinha que alguns segredos da nossa situação militar fossem tornados públicos – se isso acontecesse só iria beneficiar as hostes inimigas – a Gazeta continuou submetida às regras da censura prévia estabelecida por Filipe I e confirmada por D. João IV, ao dizer que “não se imprimiam livros sem a licença d’El-Rei”.[4]

Em matéria de imprensa periódica, também devemos a Tengarrinha o estudo dos mercúrios, publicações de manifesta influência francesa com alusão óbvia ao mensageiro dos deuses e onde se destaca o Mercúrio Português, que vê a luz do dia em 1663; a imprensa do período pombalino e os primeiros diários; a distinção entre panfletos, papéis volantes e pasquins, ainda hoje tão necessária quando vemos pessoas a chamar panfletos a simples folhetos informativos; o estudo dos regimes de censura; os primeiros periódicos liberais e os jornais portugueses da emigração; a imprensa ilegal durante a guerra civil (1846-1847) e a transição da imprensa romântica, ou de opinião, para a fase industrial da imprensa, que anuncia um jornalismo de tipo novo com o aparecimento do Diário de Notícias, fundado por Eduardo Coelho em 1865.

José Tengarrinha

Que novo jornalismo era este? Na imprensa romântica que o antecede, os jornais não se dirigiam a todo o público: eram jornais de facção, ou de partido, veiculavam uma ideologia muito precisa, tinham um escasso número de leitores – apenas aqueles que se identificavam com o combate político ou ideológico veiculado pelo jornal – e por isso morriam rapidamente. É contra este estado de coisas que se afirma o Diário de Notícias, considerado o primeiro jornal português de grande tiragem, essencialmente noticioso e sem filiação partidária. No seu número-programa pode ler-se: “… interessar a todas as classes, ser acessível a todas as bolsas, e compreensível a todas as inteligências (…). Eliminando o artigo de fundo, não discute política nem sustenta polémica. Regista com a possível verdade todos os acontecimentos, deixando ao leitor, quaisquer que sejam os seus princípios e opiniões, o comentá-los a seu sabor”.[5]

Se a “neutralidade” informativa e a actualidade são “a deusa a que o jornalismo tem de render culto”,[6] a objectividade pretendida pelo jornal, bem como a sua opção pelo noticiário geral (o crime, o acidente, o fait divers) estavam longe de satisfazer toda a gente. Ao querer agradar ao maior número de leitores, havia quem entendesse que o jornal transigia com o mau gosto e lisonjeava a mediocridade. Assim pensava Antero de Quental, o polemista do Bom Senso e Bom Gosto, para quem os jornalistas eram “bonzos”, os editores “bárbaros” e a opinião pública um “vulto escuro que interpõe a sua forna confusa entre a verdade e os homens”. Para lá do desprezo com que olhava para os jornalistas do seu tempo, Antero via na opinião pública um “monstro moderno” que se exprime através da imprensa, “sua boca”. Escrevia ele ao seu amigo Henrique das Neves, de Ponta Delgada: “Não lendo ninguém senão o que lhe agrada, o público nunca favorecerá senão o que estiver à sua altura e por isso o jornal para durar será sempre o espelho lisonjeiro do público e não o seu severo mestre”.[7]

José Tengarrinha2José Tengarrinha aparta-se do nosso convívio no preciso momento em que o Diário de Notícias vai manter a edição em papel apenas aos domingos. Nos restantes dias da semana teremos o jornal em formato digital, para ler, segundo nos dizem, como “informação consumida como uma rápida bica diária”.[8] Este Diário de Notícias impresso bem poderia chamar-se Semanário de Notícias. Quanto ao novo site que nos oferecem durante a semana, ele não deixa de ser o sintoma da “crise do jornalismo português [que] antecede esta passagem ao online de publicações falidas em papel”.[9]

Desaparecem assim, quase em simultâneo, a continuidade da catedral de papel começada a erguer em 1865 por Eduardo Coelho e o cidadão exemplar que a estudou e deu a conhecer. Mas José Tengarrinha foi muito mais do que isso: por amor à liberdade frequentou as trincheiras onde era possível lutar por ela: fundou em 1969 o Movimento Democrático Português/Comissão Democrática Eleitoral e marcou presença no Congresso da Oposição Democrática que se realizou em Aveiro, em 1973. Foi seis vezes detido pela polícia politica do Estado Novo, na luta permanente que travou contra a ditadura. Na altura da Revolução de Abril de 1974 estava detido no forte de Caxias. Nos anos 80 não hesita na escolha entre a política e a universidade, ao transferir o apetite da política para os livros. Falou mais alto o apelo à investigação e ao conhecimento, “o cuidado constante pela a memória histórica, cultivada com rigor crítico”.[10]

José Tengarrinha1Ao deixar-nos agora, José Tengarrinha legou-nos também importantes obras para a compreensão da história da imprensa periódica – um termómetro da nossa maneira de ser e da nossa sensibilidade – do Portugal oitocentista e da história contemporânea de Portugal. Ao optar, a dado passo da sua vida, pela cultura e não pela política, José Tengarrinha enriqueceu os outros sem se empobrecer: entrou num “processo virtuoso que enriquece, ao mesmo tempo, quem dá e quem recebe”.[11] É tudo isto, e isto não é tudo, que lhe devemos.


 

[1] José Tengarrinha, História da Imprensa Periódica Portuguesa, Editorial Caminho, Lisboa, 1989, p. 38.

[2] Sampaio Bruno, Portuenses Ilustres, tomo II, p. 333.

[3] João Alves das Neves, “O primeiro jornal português: a ‘Gazeta’ (1641)”, Jornal de Notícias, 21.12.1991.

[4] José Tengarrinha, obra citada, p. 39.

[5] Idem, p. 215.

[6] Norberto Lopes, “Da objectividade da Informação”, Expresso, 05.07.1975, p. 10.

[7] Antero de Quental, Cartas (vol. II), Leitura, organização, prefácio e notas de Ana Maria Almeida Martins. Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2009. Também Mário Mesquita, “Contra a Imprensa”, Público (não foi possível identificar ano de data), alude a estas cartas.

[8] Ferreira Fernandes, “DN, um diário para os nossos dias”, 29.06.2018.

[9] José Pacheco Pereira, “Mais um marco a caminho da ignorância atrevida e do défice cívico”, Público, 30.06.2018, p. 60.

[10] Viriato Soromenho Marques, “José Manuel Tengarrinha (1932-2018): o Homem que amava a verdade e não sabia odiar”, Diário de Notícias, 30.06.2018.

[11] Nuccio Ordine, A Utilidade do Inútil, Kalandraka Editora, 2017, p. 15.